Trás-os-Montes e Alto-Douro é um verdadeiro livro onde os capítulos da história, património arquitetónico e cultural, património natural, gastronomia e hospitalidade enchem as suas infindáveis páginas deixando o visitante apaixonado e convencido de que há paraísos na terra.
Integrado nos recursos deste paraíso está o Hotel Miracorgo, em Vila Real, emproado na paisagem natural, numa das margens do rio que lhe empresta o nome, o rio Corgo, de onde se vislumbra exalto panorama e que se disponibiliza para ser o seu ponto de apoio nas suas deslocações ao Mundo Maravilhoso.
Independentemente do objetivo da estadia o visitante depara-se, sempre, com uma paisagem histórica e natural de beleza e valores únicos, que vai das serras do Marão e do Alvão até á alma do Douro, passando por pontes, quintas, capelas, santuários, centros históricos, mosteiros, marcos, cruzeiros, sítios e aldeias históricas, etc.. Um sem número de recursos turísticos que aliados á gastronomia e ao vinho dão alma e valorizam, também, um sem número de narrativas com História.
Narrativas que proporcionam trazer á memória desde a nota da tarefa mais despretensiosa de colocar um candeeiro para iluminar uma rua; ao trabalho mais cauteloso de fazer seguir pelos rios, as primitivas “autoestradas”, o rendimento mais valioso da região, o vinho generoso; descrever exuberantes momentos na visita da aristocracia à Região; ou a rara dedicação às letras pelas senhoras, ainda no século XIX, na Região do Douro; sem esquecer os valiosos periódicos locais que registam abundante espaço de memórias, etc.
Desta simbiose de valores surgiu o projeto do Hotel Miracorgo: “Resgatar memórias, valorizar a Região”, evidenciando o valor de uma herança cultural, comum, única e inestimável que não é só imperativo dos serviços públicos. A ambição impele-nos, se disso formos capazes, para um trabalho sistemático que se deseja seja entendido como um contributo para dar a conhecer momentos significativos da memória de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Iniciamos o espaço “Resgatar memórias, valorizar a Região”recuperando a memória de uma poetisa da Região do Douro, assaz esquecida, embora não seja a única a nascer e/ou viver na Região do Douro que, a seu tempo, serão evocadas.
(Senhoras), ilustração da capa da tese de doutoramento de Elen Biguelini, 2017
Catarina Máxima de Figueiredo de Abreu Castelo Branco,natural da Freguesia de Guiães / Vila Real, onde nasceu no dia 20 de Abril de 1829, lugar que havemos de visitar para conhecer o seu património.
Esta poetisa pertence à família Abreu Castelo-Branco, de Viseu, e descendente dos Figueiredos, senhores da “Casa do Caminho de Baixo”, localizada na Avenida 1.º de Maio, a duzentos metros do Hotel Miracorgo, hoje ocupada por um espaço museológico que visitaremos.
D. Catarina Máxima de Figueiredo de Abreu Castelo Branco é filha de José Maria Figueiredo Abreu Castelo Branco e D. Genoveva Moreira de Azevedo. Casada com Sebastião Pereira Rebelo Feio, com quem casou em 2 de Agosto de 1867. Teve quatro filhas, No cemitério de Guiães estão afixadas diversas lápides com versos da sua autoria.
Obras:
Poesia: Anhelo; Porque Choro; A lua; A flor perdida; Vem; A vela branca; A rosa do Cemitério, A madrugada; Ao meu paiz, Metaphora; ’Saudade; ‘Um Salve a Villa Real’. Extracto de um Albúm: Collecção de poesias”. (Lisboa, Typographia Franco-Portugueza, 1866).Poesias, (1845). Publicado aos 16 anos.Viuvez e Saudade.
Romance:
‘A tradição de Família Leitura para o Serão de Minhas Filhas, (1885); Amor de Mãe; Qual vale uma vida.
Outros:
A última Instância: colecção de pequenos escriptos em prosa e verso (Porto: Alcino Aranha, [188-]).Com prefácio de Xavier Rodrigues Cordeiro. Foi o último livro da autora. Fragmentos de prosa e verso. (Lisboa: Off. Eduardo de Carvalho,1884).
De entre as obras de D. Catarina Máxima de Figueiredo de Abreu Castelo Branco é impossível esquecer Um Salve a Villa Real,poema inserido noDiário Illustrado, Lisboa, 16/07/1875, do qual transcrevemos a primeira estrofe sem modificar a grafia.
UM SALVE A VILLA REAL é a exteriorização da íntima satisfação pela povoação mais importante em Trás-os-Montes e Alto Douro.
“UM SALVE A VILLA REAL
Formosa capital de Traz os Montes,
Recostada em agrestes alcantis,
Com belos pitorescos horizontes,
Entre campinas férteis e gentis;
De grato clima, com saudáveis fontes,
Puros ares, creadores e subtis;
Na abundancia de teus vergéis floridos,
Gosas todos os dons apetecidos.”
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